O desejo da maioria dos empresários do varejo é que sua empresa cresça de forma sustentável e rápida, porém, para o alcance desse objetivo, é preciso uma boa quantia de capital de giro. No entanto, é comum que o caixa do negócio nem sempre conte com o montante necessário para isso. Por isso, torna-se necessário saber onde e como captar dinheiro para que esse projeto saia do papel.
Para ajudar nesse propósito, separamos a seguir alguns das principais fontes em que é possível conseguir valores para investir na organização visando a sua expansão. Confira!
Capital próprio
A primeira fonte de recursos para a empresa que você pode cogitar é o seu próprio capital, ou seja, os recursos dos quais dispõe em contas-correntes, poupanças ou aplicados em investimentos. Você também poderá recorrer ao seu patrimônio, vindo a se desfazer de imóveis para levantar a quantia necessária.
A grande vantagem é que não precisará se preocupar com juros e cobranças de credores. Por outro lado, colocará em risco bens que podem ter custado anos de trabalho para serem adquiridos. Sua família também tem chances de ser impactada, já que há a possibilidade de o padrão de vida ser reduzido enquanto você utiliza o dinheiro para injetar recursos no negócio.
Empréstimo de amigos e familiares
Recorrer a um empréstimo familiar ou junto a amigos é uma alternativa que pode resultar em maior facilidade para conseguir o dinheiro, além de juros mais baixos. Contudo, a formalização contratual do crédito é algo que pode ser mais complicada, já que é preciso deixar bem claro as condições, prazos e valores envolvidos.
Também há o fator emocional, uma vez que atrasos ou pagamentos divergentes do combinado inicialmente podem acarretar problemas nas suas relações, como discussões em família e perda de amizades.
Inclusão de um sócio investidor
Outra opção para você conseguir recursos é incluindo um ou mais sócios no empreendimento, os quais devem contribuir com mais dinheiro para o negócio crescer. Todavia, você deverá ceder uma participação societária, de modo que eles também terão direitos de tomar decisões sobre a empresa. Vale destacar que o sócio investidor pode ser uma pessoa física, muitas vezes conhecido como investidor-anjo, ou mesmo um fundo de venture capital.
Além do dinheiro, um sócio investidor pode ter muitos contatos e experiências na área em que você atua, vindo a somar à gestão organizacional. Logo, há chances de ele abrir portas para a empresa, ajudando a fechar acordos que promovam o crescimento organizacional com a colaboração de parceiros.
Agências e linhas de fomento
As agências de fomento são entidades que têm como objetivo principal o financiamento de capital de giro e fixo para negócios previstos em programas de desenvolvimento. Elas possuem linhas de fomento com o propósito de apoiar financeiramente projetos que estimulem e impulsionem o desenvolvimento tecnológico no Brasil. Essas instituições geralmente são públicas, porém existem algumas empresas privadas que também ofertam linhas de fomento mercantil.
Procurar um desses agentes pode ser um caminho para você levantar recursos. Basta mostrar como sua empresa, ou um projeto iniciado por ela, colabora de algum modo para o desenvolvimento do setor ou para o alcance de um dos propósitos estabelecidos pelas agências. O recomendado aqui é que você pesquise e entenda bem sobre essa alternativa para indicar projetos que tenham reais chances de serem aprovados.
A desvantagem nesse modelo é que nem todas as operações do seu negócio podem atender os requisitos das linhas de fomento, de modo que conseguir a liberação de recursos tem chances de ser uma tarefa mais difícil.
Antecipação de recebíveis
A antecipação de recebíveis consiste em uma espécie de adiantamento de compromissos assumidos por clientes. Basicamente, esse processo converte duplicatas, cheques pré-datados, vendas parceladas no cartão de crédito, entre outros valores a receber em capital líquido imediato.
Funciona da seguinte forma: o empreendedor leva essas garantias de recebimento até uma empresa que atua com antecipação de recebíveis e ela repassa o valor correspondente, menos taxas de descontos e encargos, a ele.
A antecipação de recebíveis faz com que o dinheiro que seria recebido futuramente se torne caixa atual. Além disso, as factorings, securitizadoras ou demais agentes financeiros que atuam nesse mercado assumem a responsabilidade pelos títulos negociados, recebendo seus pagamentos dos próprios clientes.
Nessa modalidade, é importante ficar atento à gestão financeira do empreendimento, pois, se você tiver programado pagamentos no médio e longo prazo com os valores que receberia, será necessário planejar novamente a quitação dessas contas.
Empréstimo Coletivo
O Empréstimo Coletivo, também conhecido como Peer to Peer Lending, é uma modalidade de crédito que faz parte da chamada economia colaborativa, sendo oferecido por meio de uma plataforma online. Esse sistema faz o intermédio entre indivíduos que possuem recursos (investidores) e aqueles que desejam ou precisam de capital (tomadores de crédito), como empreendedores.
Nesse tipo de crédito, não há o envolvimento convencional de instituições bancárias, de forma que não existe spread nas transações. Isso barateia os empréstimos, pois há somente pequenas taxas de serviços da plataforma e juros aplicados que servirão como remuneração para os investidores.
A organização que mantém a plataforma online atua regulando as relações e fazendo a ponte entre os interessados em investir e os que querem crédito. Um exemplo de empresa que atua assim é a Biva.
Graças a sua forma de funcionamento, que promove a desintermediação da concessão de crédito, o Empréstimo Coletivo vem revolucionando o mercado. Ele tem um caráter mais coletivo, já que permite que vários investidores ofereçam quantias que, juntas, podem formar o valor integral de um empréstimo solicitado.
Empreendedores geralmente procuram esse tipo de crédito para expandir seus negócios e suprir carências de capital de giro. Aliado a isso, ela conta com benefícios como menor custo de aquisição, maior agilidade no processo de liberação dos recursos e menos burocracia.
Quem deseja expandir sua empresa varejista por meio de uma filial, através da abertura de lojas ou apenas aumentando o tamanho do negócio pode alcançar isso se valendo de uma das modalidades apresentadas acima.
Só é importante analisar bem como captar dinheiro com menos custos e qual a opção que traz mais benefícios. Além disso, é preciso ficar atento a qual modalidade compromete menos recursos do empreendimento, para que o crescimento não venha a afetar negativamente a saúde financeira e a gestão da empresa no futuro.
Quer dicas para otimizar as finanças e melhorar a gestão comercial da sua empresa de varejo? Entre em contato conosco para que possamos ajudá-lo!