Gerir uma microempresa é um grande desafio para todo empreendedor, especialmente durante crises e momentos de economia estagnada. Contudo, existem fatores alheios ao cenário externo que afetam negativamente a gestão de um negócio do tipo, impedindo o crescimento de uma microempresa independentemente da situação atual do mercado.

Definição de Microempresa e os principais desafios de sua gestão

Segundo a Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituída em 2006 pelo Governo Federal, microempresa é aquela que tem faturamento bruto igual ou inferior a R$ 360.000,00 durante o ano fiscal.

Isso no que toca a receitas nacionais, já que adicionais de exportações podem chegar a R$ 3.600.000,00 sem que ela perca seu enquadramento como micro.

Por trabalhar com valores menores e com quadro pessoal geralmente reduzido, as microempresas possuem dificuldades em manter sua sustentabilidade e garantir espaço no mercado. Isso porque não dispõem de tantos recursos para realizar campanhas de marketing e ampliar vendas como corporações maiores, além de nem sempre terem expertise em seu setor.

Para superar essas limitações, é importante eliminar ou trabalhar os pontos que deterioram seu desempenho. Veja agora algumas dicas!

1. Falta de planejamento interno

É notória a falta de planejamento de muitos empreendedores que se arriscam no mercado, especialmente quando o fazem para obter uma alternativa de renda.

Com a situação de crise econômica atual do Brasil, esse movimento se intensificou, o que não significa que todos obtêm êxito. Aliás, uma pequena fração consegue sobreviver aos primeiros dois anos.

Grande parte disso se deve à falta de um plano de negócios. Nesse documento encontra-se a missão, a visão e os objetivos do negócio, bem como os recursos e passos necessários para alcançá-los.

Com o seu acompanhamento constante, é possível analisar a situação atual do negócio comparando o caixa e as previsões do documento, além de facilitar a visualização de necessidades de capital de giro.

Isso pode dar suporte à definição de estratégias visando pegar empréstimos, atrair investidores, realizar aportes financeiros ou obter receitas pelo aumento de vendas.

2. Dificuldade de analisar o mercado

Microempresas geralmente focam em seu próprio funcionamento, esquecendo-se de analisar o mercado como um todo. Também utilizam ferramentas de gerenciamento amadoras, como planilhas em vez de sistemas gerenciais, o que não permite que obtenham dados estratégicos sobre o cenário econômico em que se encontram.

Desse modo, as decisões dos gestores geralmente são baseadas em intuição ou experiência, e não em informações concretas sobre o desempenho dos concorrentes e do setor.

O que, por sinal, pode ser obtido por ferramentas de gestão apoiadas por Business Intelligence ou pela aplicação da análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), a qual oferece uma boa visão do negócio e pode ajudar a melhorar a sua performance.

3. Desequilíbrio financeiro

O desequilíbrio financeiro é um fator facilmente observável em microempresas, muitas vezes motivado pela mistura entre finanças pessoais do gestor com as da organização.

Retirar dinheiro do caixa de forma arbitrária para pagamento de despesas pessoais, bem como a devolução desses valores em momentos inoportunos causa confusão no controle do caixa e dificulta sua gestão.

4. Inexistência de política financeira sobre entradas e saídas de valores no caixa

A falta de uma política econômica que leve em conta datas de recebimentos e de pagamentos também agrava a situação de desequilíbrio econômico. Por exemplo, sem um planejamento financeiro, pagamentos de contas podem ser programados antes da entrada de receitas, ocasionando perda de dinheiro com multas e taxas por atrasos de faturas.

5. Alto nível de burocracia engessa o crescimento de uma microempresa

Muitas microempresas possuem alto nível de burocracia. Isso pode ser impulsionado pela centralização de decisões pelo gestor, de modo que seja preciso ter aprovações escritas para solicitar verbas, mesmo que ínfimas, ou aprovação de atividades simples.

Tudo isso engessa os processos e torna demorada a execução de tarefas, sem falar no acúmulo de papelada desnecessária.

Com a eliminação desses fatores e o foco na melhora do desempenho, não só na obtenção de lucro, é possível impulsionar o crescimento de uma microempresa num cenário cada vez mais competitivo. Sem falar que é possível até mesmo diferenciar-se dos concorrentes por práticas mais eficientes.

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