Entre os processos burocráticos que mais assustam empreendedores de pequenas e médias empresas, emitir nota fiscal provavelmente está no topo da lista, e não é por menos. As notas físicas demandam um trabalho cansativo e muito delicado, além de que é praticamente impossível arquivá-las após um longo período de atividade comercial.
O lado bom da história é que em 2006 começaram a ser emitidas as primeiras Notas Fiscais eletrônicas (NF-es). A versão digital veio para reduzir o processo burocrático e incentivar os pequenos comerciantes a também adotarem o processo de emissão.
Mas, mesmo depois de 12 anos, a versão digital da NF ainda é novidade para muitos comerciantes! É também para você? Se sim, continue a leitura para saber se deve ou não emitir a NF-e e, ainda, de quais benefícios o seu estabelecimento poderá usufruir caso emita o documento.
Conheça as particularidades da NF-e
A NF-e ou nota fiscal eletrônica de produto, é o documento responsável por registrar todas as relações comerciais de uma mercadoria. O órgão responsável pela fiscalização das NF-es é a Secretaria da Fazenda de cada estado. É por meio da nota que o estado consegue coletar o ICMS (imposto de circulação de mercadorias e serviços).
Toda vez que uma nota é gerada de maneira correta, a Secretaria da Fazenda envia uma autorização para que a nota seja emitida, e tudo acontece de forma instantânea. Esse é um dos motivos que torna a nota fiscal eletrônica mais vantajosa em relação a tradicional.
Saiba quais estabelecimentos precisam emitir nota fiscal
Já que cada estado tem suas próprias regras em relação à emissão da NF-e, fica difícil responder quais estabelecimentos necessitam emitir o documento. A melhor forma de descobrir é consultando as regras da Secretaria da Fazenda do seu estado. Na versão de SP, por exemplo, há uma descrição completa sobre as regras.
Mas as vantagens oferecidas aos estabelecimentos, torna praticamente inviável a não participação no processo de emissão da NF-e, mesmo que não haja obrigatoriedade.
Entenda quais são as vantagens para quem emite a NF-e
Como já mencionado, a Nota Fiscal eletrônica foi criada com o intuito de facilitar a vida dos estabelecimentos, e diminuir a burocracia no processo de documentação das vendas de produtos e serviços. Além disso, quem opta pela versão digital da NF também:
- simplifica o processo de emissão e arquivamento das notas fiscais;
- diminui custos com impressão e armazenamento de documentos físicos;
- reduz o tempo na emissão da nota (já que tudo é feito de forma automatizada);
- créditos que podem ser abatidos dos impostos a pagar.
Aprenda a emitir Notas Fiscais eletrônicas
O primeiro passo é verificar como anda a situação fiscal de sua empresa e em qual CNAE (Cadastro Nacional de Atividade Econômica) ela se enquadra.
Um contador pode ajudar nessa tarefa! Para que não haja equívocos é fundamental ter em mente qual o faturamento máximo atingido pela empresa durante todo o ano. Depois é preciso adquirir um certificado digital. Ele é emitido por alguma entidade pertencente ao ICP (Infraestrutura de Chaves Públicas do Brasil), como, por exemplo, o Serasa Experian.
Com o certificado digital “em mãos” é necessário realizar o cadastro na Secretaria da Fazenda do estado onde o estabelecimento está localizado, e depois adquirir um software emissor de NF-e. Nesse momento, vale conversar também com outros comerciantes para descobrir quais programas esses empreendedores utilizam, e qual o nível de satisfação em relação ao serviço oferecido.
Apesar de parecer um bicho de sete cabeças, o processo de emissão de NF-e é barato e pode ser implementado em um curto período de tempo. Além disso, seu estabelecimento terá muito mais credibilidade com o cliente.
Ficou com alguma dúvida sobre emitir nota fiscal? Deixei-a nos comentários abaixo para te ajudarmos!